quinta-feira, 19 de abril de 2012

Parlamento alemão aprova resgate à Grécia

O parlamento alemão aprovou esta segunda-feira por ampla maioria o novo resgate de 130 mil milhões de euros à Grécia, após debate em que a chanceler Angela Merkel considerou "um risco incalculável" a saída daquele país do euro. A favor do requerimento do governo de centro-direita para ser concedido novo empréstimo a Atenas votaram 496 deputados, 90 votaram contra, e cinco abstiveram-se. Alguns deputados eurocépticos da coligação de centro-direita votaram contra a proposta do ministro das finanças, Wolfgang Schäuble, mas a aprovação dos novos apoios à Grécia estava garantida, mesmo sem a maioria absoluta que apoia o governo no hemiciclo, depois de a oposição social-democrata e ambientalista ter anunciado previamente o seu voto favorável. A abrir o debate parlamentar, Merkel considerou a aprovação do segundo resgate à República Helénica "a única via responsável" para estabilizar o país e mantê-lo na zona euro, advertindo para os "riscos incalculáveis" de uma bancarrota e de um regresso da Grécia à sua anterior moeda, o Dracma. "Como chanceler da Alemanha, estou disposta a assumir riscos, mas não a entrar em aventuras", disse a dirigente democrata-cristã. Noutra parte da sua intervenção, Merkel advertiu ainda que o caminho para estabilizar a Grécia "será longo e não é isento de riscos", advertindo que, "ninguém pode dar garantias de sucesso a 100 por cento" das medidas que estão a ser tomadas. Mesmo assim, sublinhou, "as hipóteses de sucesso do programa de ajuda à Grécia são maiores do que os riscos". Angela Merkel elogiou ainda o acordo de concertação social alcançado em Portugal, incluindo-o nos progressos de combate à crise das dívidas soberanas na zona euro também obtidos recentemente noutros países a braços com elevados défices orçamentais, casos da Itália, Espanha e Irlanda.

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